O Sistema Único de Saúde (SUS) passa a realizar a partir desta quinta-feira (25) a cirurgia plástica reparadora de mama imediatamente após sua retirada por decorrência de câncer, preferencialmente no mesmo procedimento cirúrgico. A determinação foi publicada nesta quinta no Diário Oficial da União. A portaria estabelece que, caso não seja possível a reconstrução imediata, a paciente deve ser encaminhada para acompanhamento e deve ter “garantia de realização da cirurgia imediatamente após alcançar as condições clínicas requeridas”.
Quando foi aprovado no Senado, em 26 de março, a relatora do projeto, Ana Amélia (PP-RS), afirmou que a lei deve beneficiar as mulheres mais pobres. A senadora criticou que as cirurgias são adiadas “indefinidamente” em muitas unidades do sistema público habilitadas para o procedimento.
De 2008 até 2012, segundo dados do SUS, 68 mil mulheres tiveram a mama retirada por conta do câncer. Nesse mesmo período, menos de 10% conseguiram fazer a cirurgia reparadora. O Governo Federal não sabe dizer quantas mulheres no total aguardam na fila. “Nós estamos fazendo um diagnóstico detalhado do Brasil com um novo sistema de informação em câncer implantado em todo o país até maio, com isso teremos detalhadamente onde precisamos ampliar serviços junto aos estados e municípios”, afirmou na época o secretário de atenção à saúde do ministério, Helvécio Magalhães.
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