O líder do PT, deputado Paulo Teixeira (SP), disse há pouco, em entrevista à TV Câmara, que não acredita na votação do texto do novo Código Florestal sem que haja acordo entre agricultores e ambientalistas. "Não podemos manter posições radicalizadas, do tipo 8 ou 80, que em nada acrescentam para a intenção de votar a alteração do código ainda hoje", afirmou.
Para Teixeira, qualquer proposta desequilibrada tende a não prosperar. "Acredito que todos devem ter o entendimento de que não há boa agricultura se não houver preservação ambiental, uma vez que, para produzir, a agricultura precisa de água, de polinização e de terra fértil", observou.
Ele afirma que a base do governo já conseguiu avanços para resguardar o direito de muitos produtores rurais, entre os quais os de café, de maçã, de uva e os da agricultura familiar, que poderão contabilizar as áreas de reserva legal e de APPs no cômputo do total a ser preservado dentro das propriedades.
No entanto, segundo Teixeira, o partido mantém posição contrária em relação a dois pontos: a anistia para desmatadores em áreas consolidadas de agricultura até 2008 e a isenção da necessidade de recomposição das reservas legais para todas as propriedades de até quatro módulos fiscais. "Não podemos beneficiar desmatadores", disse.
O líder do PT disse ainda que, uma vez firmado um acordo entre ambientalistas e produtores rurais sobre os itens em que ainda há divergências, não há motivo para se pensar em questionamento do novo código por ação direta de inconstitucionalidade (ADI), como chegaram a cogitar alguns ambientalistas.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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