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sábado, 31 de março de 2012

Gravatá segue firme na disputa para se tornar Centro de Treinamento de Seleções da Copa

Em Vitória, secretários municipais participaram de seminário que contou com o tetracampeão Bebeto.





Gravatá cumpriu mais um passo no sentido de se tornar um Centro de Treinamento de Seleções (CTS) para a Copa de 2014. O secretário de Planejamento do município, Jaime Prado, e o gerente de Esportes, Janailton Lins, estiveram hoje em Vitória (ES) participando de mais um encontro da FIFA com o objetivo de discutir com as cidades candidatas os requisitos ideais. "Saímos daqui conscientes de que estamos no caminho certo para conseguir a vaga. Ainda falta muito trabalho, mas vamos em frente", disse Prado.

Tranquilidade e boas condições para reabilitar os jogadores em um campeonato duro e curto. Essas são as principais características de um bom centro de treinamento segundo o tetracampeão Bebeto, agora membro do conselho de administração do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo FIFA Brasil 2014. Representantes de candidatos a receber seleções durante o evento estão reunidos, nesta terça-feira (30.03), em Vitória, num seminário organizado pelo COL sobre o tema.

“A importância do centro de treinamento é fundamental, com gramados perfeitos para evitar lesões. A Copa é de tiro curto, muito rápido. Me lembro de Los Gatos (EUA), em 1994. Ninguém conhecia a cidade e hoje todos conhecem. A gente precisa ter um centro com boas condições, boa alimentação, para poder treinar, voltar e descansar ao máximo. Coisa que em 1998 não tivemos. Os campos eram maravilhosos, mas não conseguimos dormir, porque os torcedores franceses soltaram morteiros antes da final, fizeram barulho”, lembra Bebeto.

Para o diretor executivo de competições e operações do COL, Ricardo Trade, a realização do evento em Vitória, com a participação de representantes de 149 municípios, em 26 unidades da federação, demonstra o caráter nacional da competição. “É o maior evento realizado para centros de treinamentos e mostra a capilarização da Copa. Não estamos apenas nos 12 estados. Queremos estar em todos. Claro que onde é sede tem um pujança maior, porque as obras estão acontecendo nos estádios e na mobilidade urbana”, afirma.

“A Copa já é uma realidade no nosso país. O Brasil vive um canteiro de obras para a preparação. Além dos 12 estádios, são 50 obras de mobilidade urbana, terminais de passageiros em sete portos e 35 intervenções em 13 aeroportos. Mas os esforços para a organizaçãoi vão além das 12 cidades-sedes, com outras 32 localidades podendo receber seleções. E isso fará com que a Copa seja efetivamente nacional”, diz Ricardo Gomyde, diretor de Futebol Profissional da Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério do Esporte.
A programação do evento foi dividida para atender dois públicos diferentes. Durante a manhã será destinada a representantes dos governos estaduais e municipais envolvidos nas candidaturas à CTS. Na parte da tarde, o foco será voltado para os 654 inscritos responsáveis pelos campos e hotéis que compõe os centros de treinamento.

Segundo o gerente de Competições e Serviços às Equipes do COL, Frederico Nantes, 244 inspeções já foram realizadas em um total de 279 inscritos. A previsão é de que os primeiros CTS aprovados sejam divulgados até meados de maio. “É um pareamento entre um campo de futebol e um hotel de qualidade. Muitas vezes acontece de ter um elemento de uma grande qualidade e o outro não, assim como os aeroportos, que também foram inscritos em conjunto com os centros”, detalha.

Foram inscritos 122 aeroportos para atender aos centros de treinamento. Segundo Nantes, dentro dos elementos avaliados pelo COL, há 130 itens relacionados com arquitetura e engenharia, que são somados à inspeção dos gramados. “Estamos fazendo uma avaliação bem extensa e eclética, porque, às vezes, para uma seleção não é importante que o campo tenha academia, já que os jogadores vão fazer musculação no hotel, mas para outra isso pode ser essencial”, completa.

Nantes ainda esclareceu que a avaliação não leva em conta a distribuição geográfica dos centros que serão habilitados pelo comitê. “A avaliação é estritamente técnica. Não existe uma cota a se respeitar por região do país, ou para beneficiar cidades que não são sedes do Mundial”, afirma. A escolha final do centro de treinamento será feita pelas seleções que se classificarem para o Mundial, tratando diretamente com os campos e hotéis que compõem o conjunto.

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