Veja o vídeo de João revolta
Desde que o Brasil foi escolhido para sediar a Copa em 2014, passamos a ter preocupações diversas. O País não tem infraestrutura de aeroportos e de transporte nas cidades que serão sedes de grupos de jogos e não temos estádios preparados para tal evento ,entre outros problemas. A CBF é presidida por ser uma figura autoritária e dona de empresas que , provavelmente, estarão envolvidas nas obras necessárias . Isso nos cria algumas dúvidas na gestão, porque a tal figura costuma praticar revanches contra seus opositores.Não me agradam os chefes que não praticam diálogo e alimentam o ódio e a perseguição.O fato é que a coisa não está indo bem.
Há poucos dias, o Tribunal de Contas da União (TCU) condenou o Projeto de reforma do Maracanã.O relatório detectou sinais de graves irregularidades na licitação e o BNDES suspendeu parte do financiamento até o esclarecimento das pendências.Os auditores do TCU chegaram a dizer que a planilha orçamentária da nova Arena Carioca “beira a mera peça de ficção”.O projeto de reforma foi orçado em R$ 705 milhões, sendo R$ 400 milhões vindos do BNDES e R$ 305 milhões dos recursos do Tesouro Estadual. Esses valores são , apenas, iniciais, podendo ser elevados com o andamento das obras, o que é possível, mesmo sem que ocorram ilicitudes.
O TCU aponta ,entre outras falhas, a falta de detalhamento das intervenções.As reformas do Mineirão (Belo Horizonte) e do Verdão (Cuiabá) apresentaram, respectivamente ,702 e 1309 plantas. A do Maracanã exibiu apenas 37. Essa concentração de projetos dificulta o controle e passa a ser “um prato feito para o ganho ilícito”. O projeto básico e o orçamento apresentados são uma porta aberta para o aumento do custo. Há itens que não podem ser identificados nem valorados. O TCU afirma , ainda, que há grandes possibilidades de desperdício de dinheiro público. Para se ter uma ideia, no Rio Grande do Norte, vai ser construido um estádio que custará R$ 450 milhões, mas os dirigentes do ABC e do América de Natal já disseram que não o usarão em seus jogos. Será, portanto, depois da COPA, um “elefante branco”. Vale a pena ?
Como a maioria da população não poderá ir aos estádios, seja pela capacidade de público que eles comportam , seja pelo preço do ingresso ou pela opção cômoda de ficar vendo os jogos com a família em casa ou através de telões em bares, praças ou shoppings, não vemos como prioridade a realização da Copa no Brasil. O argumento do legado a ser deixado para o Povo parece sucumbir diante dos prováveis desvios dos recursos públicos para mãos de pessoas que se aproveitarão da paixão do brasileiro pelo futebol e da nossa ingenuidade para aumentar sua contas bancárias e seus investimentos nos paraísos fiscais. As TVs e os telões, nesse caso, reduziriam,em muito,a farra dos corruptos. Esse raciocínio não poderia ser plenamente desenvolvido na época da escolha pela FIFA, pois não tínhamos como prever esses atuais desmandos.
Esse cara é foda mesmo.
ResponderExcluirCarlos Roberto