Na esteira da cassação de Demóstenes Torres (ex-DEM, sem partido-GO) na quarta-feira, um vazio político abriu-se no Senado: quem vai substituí-lo na tarefa de “paladino da ética”? O figurino do senador que cobra dos outros e de representantes dos demais poderes condutas exemplares, encenado principalmente por Demóstenes até vir a público a ligação dele como contraventor Carlinhos Cachoeira,aguarda alguém para vesti-lo. Apesar de nenhum dos consultados admitir que quer empunhar a bandeira,pelo menos nove –- segundo seus pares –- estão no páreo. A maioria dos colegas aponta Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) como principal candidato ao posto. Único representante do PSOL no Senado,ele ganhou projeção pública no primeiro semestre deste ano aopedir a perda de mandato de Demóstenes e exigir o aprofundamento das investigações da CPI do Cachoeira.
A
atuação tem lhe rendido elogios dos colegas, inclusive do presidente da
Casa, José Sarney (PMDB-AP), e críticas veladas de outros. O senador do
PSOL disse que, embora tenha iniciado sua atuação no Senado com uma
pauta voltada para a educação, “os fatos se impuseram”. No caso
Demóstenes, coube ao PSOL entrar com representação por quebra de
decoro,mesmo tendo buscado apoio do PT e do PDT para uma ação conjunta.
“Não quero ser paladino,mas, se nós não representássemos,que outros
partidos iriam representar?”, questionou. Randolfe disse que a tarefa
não lhe agrada e sabe que pode entrar namira dos pares.(O Estado de
S.Paulo)
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