No Brasil, 55,1 % das despesas são arcadas por famílias, contra 43,6 % da administração pública
Pesquisa do IBGE afirma que o brasileiro gasta 29,5% a mais do que o governo para ter acesso a remédios, consultas, planos de saúde, hospitais e exames. No Brasil, 55,1 % das despesas são arcadas por famílias, contra 43,6 % da administração pública. Enquanto o estado tem uma despesa de R$ 645,27 por pessoa, o gasto, por cabeça, das famílias fica em R$ 835,65.
A professora Cacilda Tenório mora em Caruaru e faz as contas. Por mês, são gastos R$ 1.680 com plano de saúde. O valor pago é para ela, o marido e mais dois filhos. Além de tudo isso, ainda são somados mais R$ 134 pagos em medicamentos para o marido dela. Mesmo com uma despesa tão alta, ela não se arrepende.
“Eu não confio no serviço público. Mas, também sei que o serviço privado tem seus defeitos. Mesmo assim, prefiro pagar mais caro para aderir a planos”, afirma a professora.
Essa insegurança com o serviço público faz com que os brasileiros reservem cada vez mais dinheiro para a saúde.
Segundo a cientista política Ana Maria Barros, tantas despesas destinadas a um só segmento acontecem por causa de alguns aspectos. “Isso se deve porque o poder aquisitivo da população aumentou. Além disso, a população se sente mais segura pagando por um plano de saúde”.
Com tantas pessoas aderindo aos planos, o serviço particular começa a apresentar problemas. “Isso causa um ‘estrangulamento’ da saúde privada, visto que muitas pessoas, cada vez mais, aderem a isso”, conclui a opinião da socióloga.
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