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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Entre impostos e corrupção A bandalheira que custa muito caro aos nossos bolsos


Existe um movimento que tem cruzado o país na tentativa de demonstrar, na prática, de que forma as taxas incidem nos produtos que compramos sem que nem ao menos tenhamos percepção disso. Os índices são assustadores, raramente inferiores a 20%, normalmente na casa dos 30, 40 ou até mesmo 50%.

Tudo isso num país onde a maioria da população vive com menos de um salário mínimo por mês. E, lembramos, não há salvação quanto aos impostos indiretos cobrados sobre produtos, nem ao menos para as pessoas mais pobres e desassistidas de nosso Brasil. Até mesmo o mais paupérrimo dos brasileiros paga mais caro pelo arroz e feijão de todos os dias (se é que essas pessoas conseguem comer diariamente...).

O mais impressionante é que pagamos taxas sobre todos os produtos e serviços que consumimos. Cálculos feitos recentemente pela revista “Veja” estimam que uma família de classe média brasileira gasta aproximadamente 50% do seu orçamento com o pagamento dos impostos diretos e indiretos cobrados no país.

Na prática isso significa que poderíamos viver muito melhor se o insaciável apetite do governo diminuísse seu afã por impostos para um patamar próximo dos 20 ou 30% (que, diga-se de passagem, ainda nos deixaria na incômoda posição de um dos países mais caros do mundo para se viver quanto a tributação).

Para entendermos melhor vamos averiguar a conta na ponta do lápis. Se uma família brasileira tem rendimento mensal de 2 mil reais, no presente momento, entre impostos diretos e indiretos, os gastos mensais com impostos consomem o equivalente a aproximadamente mil reais desse orçamento doméstico. Se esse patamar tributário diminuísse para 25% (ainda bem elevado), os gastos mensais com impostos cairiam para 500 reais. Isso equivaleria a ter 500 reais a mais, todos os meses, para poupar, investir, movimentar a economia,... Ao final de um ano, essa família teria um acréscimo de rendimento equivalente a 6 mil reais...

O pior de tudo é pensar que esse dinheiro arrecadado (segundo dados da rádio Jovem Pan a arrecadação de impostos em nosso país é de aproximadamente 26 mil reais por segundo!) que deveria estar sendo revertido para a melhoria dos serviços públicos em todas as áreas assistenciais como a saúde, a educação, o transporte, a energia, a habitação ou a cultura (por exemplo), não consegue chegar lá.

Ao invés disso, somos informados pela grande imprensa, através de denúncias de parlamentares, da existência de esquemas de propina em vários níveis dos governos federal, dos estados e dos municípios.
Penso apenas que seria necessário extirpar todo e qualquer foco de corrupção de forma exemplar para conseguir resolver o maior dos males que aflige nosso país. A corrupção instalada em território brasileiro aumenta enormemente o custo Brasil, torna nossos produtos pouco competitivos no mercado internacional, ocasiona a estagnação econômica, reduz significativamente a oferta de empregos, torna ainda mais crítica a distribuição de renda em nosso país, condena milhares de pessoas a viver de forma totalmente indigna (sem escola, atendimento médico, alimentação, saneamento básico,...).

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