Folha de Pernambuco
Não
é apenas no Recife que o PT enfrenta problemas internos, o racha do
partido também chegou a Gravatá. O presidente municipal do partido, Alexandre Medeiros, declarou que a sigla vai apoiar a reeleição do prefeito Ozano Brito
(PSD), mas a decisão não teria agradado a cerca de 20 membros petistas.
“O PT é um partido sério e liberal, mas neste caso faltou democracia.
Não fomos convidados porque eles pressentiam que nossa opinião era
contrária” afirmou o ex-vereador Florivaldo Pereira, porta-voz dos
dissidentes.
O grupo contrário à decisão do partido encaminhará,
nos próximos dias, um ofício para a executiva estadual relatando a
arbitrariedade. Para o presidente Alexandre, contudo, a aprovação seguiu
o estatuto do PT, com a participação de todo o diretório estadual.
“Assim como o caso do Recife, onde só poderia votar quem estivesse apto,
aqui em Gravatá, o processo foi o mesmo. O PT tem normas que precisam
ser obedecidas, nós seguimos o calendário político e todo o procedimento
regimento executivo foi cumprido. A base votou e 80% do diretório
também. A aliança firmada com Ozano foi aprovada por 98,5%”, defendeu
Medeiros.
Na opinião de Florivaldo, no entanto, a atitude do
diretório causou decepção. “Estou estarrecido e indignado com isso. O PT
deveria apoiar o pré-candidato Bruno Martiniano (PTB) a exemplo da
eleição passada, e não um prefeito inoperante e que deixou a cidade em
estado de abandono, além de não inserir desenvolvimento econômico nem
social para o Estado”, declarou Pereira.
Mesmo com a indignação de
alguns companheiros, o presidente Alexandre argumentou que esse tipo de
reação é natural. “As pessoas têm o direito de peticionar, mas a
escolha foi legítima. Não temos obrigação de apoiar Bruno. Em minha
opinião, o PTB vem se colocando como adversário dos petistas, com
posicionamentos feitos por Armando Monteiro Neto e Silvio Costa. Então,
não vimos possibilidade de apoiá-lo”, disse o dirigente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário