Prefeitos pernambucanos estão na mira do MPPE | ||
Rivânia Queiroz
O procurador-geral do Estado, Aguinaldo Fenelon, informou há pouco
que mais prefeitos pernambucanos podem ser afastados do cargo por
improbidade administrativa, até o final do ano. A lista deve crescer em
virtude de manobras políticas que foram identificadas através de um
relatório elaborado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O documento constatou que, nos últimos 15 anos, deixaram de ser julgadas pelos legislativos municipais 181 prestações
de contas de prefeitos, cuja recomendação era pela rejeição. Em
Pernambuco, os gestores dos municípios de Araçoiaba, Araripina e Maraial
já tiveram seus mandatos cassados e foram afastados por improbidade.
O Ministério Público de Pernambuco expediu ontem uma
recomendação aos promotores de justiça para que as Câmaras Municipais
julguem, num prazo de 60 dias, as contas de todos os prefeitos que
tiveram suas despesas rejeitadas pelo TCE.
O procurador adiantou que vai acompanhar de perto todos os casos e
vai esperar dos legislativos municipais que justifiquem as razões pelas
quais aprovaram contas consideradas irregulares. “Isso é uma falta de
respeito à sociedade e a lei. O que queremos é que essas despesas sejam
apreciadas dentro do parecer do Tribunal e não a partir de uma visão
política”, declarou.
Aguinaldo Fenelon ainda explicou que se for entendido que as Câmaras
Municipais estão criando dificuldades para a Justiça, bem como
artifícios para suspender a fiscalização, por terem um entendimento
apenas político, elas serão rigorosamente punidas. “Cabe, inclusive, uma
anulação da aprovação das contas pelas Câmaras. Nesse caso, o
representante do legislativo poderá responder por improbidade”, avisou.
A União dos Vereadores de Pernambuco também será acionada para que
ajude no sentido de orientar os seus vereadores a não passar por cima
das recomendações dos órgãos fiscalizadores.
Lista – Pelo menos 54 municípios estão com contas
abertas. Sendo dez delas com mais de três prestações pendentes. Segundo
Fenelon, há contas de 1994 que ainda não foram apreciadas. “Eles não
podem deixar uma conta de 1994 parada. É preciso saber se essas Câmaras
estão de fato cumprindo suas funções”, advertiu o representante do
Ministério Público.
Fonte: Blog do Magno Martins |
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terça-feira, 29 de maio de 2012
Prefeitos pernambucanos estão na mira do MPPE
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