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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

INGRATIDÃO


A ingratidão é o ato de se não reconhecer o bem feito por outrem em seu favor. Os ingratos ignoram e/ou criticam àqueles que, prontamente, oferecem ajuda.


Gratidão não é sinal de fraqueza, nem sinônimo de subserviência. Equivocam-se os que veem desta forma.


Quando Jesus realizou a cura dos dez leprosos, apenas um voltou para agradecer, e esta atitude não lhe conferiu a ideia de fraco ou bajulador, pelo contrário, tratou-se de um gesto de nobreza, o justo reconhecimento pelo benefício recebido.


O Mestre dedicou-se por inteiro, cada segundo de Seu ministério, cada gota de Seu sangue e suor, pelo próximo, exalou a beleza da graça, e jamais exigiu algo em troca, nem ao menos gratidão.


Quem contribui ao semelhante recebe da parte do Pai o seu galardão, a sua recompensa, e não deve impor fardos sobre o ombro alheio, colocando-o na posição de endividado, sentindo-se no direito de fazer exigências. O ingrato, cedo ou tarde, provará a amarga consequência do seu ato.


Muitas pessoas buscam ao Senhor apenas em seus maus momentos, pelo mero interesse em se alcançar algo almejado, nunca com intuito de glorificá-Lo da forma que merece, somente buscam Suas mãos e pedem Seu favor.


Querem a bênção, não o Dono da Bênção, se alcançam o desejado, logo se esquecem das providências divinas. Não O louvam por Suas maravilhas, antes têm por prioridade as materialidades.


Em contrapartida, outros O procuram apenas em seus bons momentos, nos tempos de bonança. Sobrevindo a tempestade, rebelam-se contra Deus, oferecem abandono em vez de permanecerem firmes nos tempos de aflição e passarem pela prova exaltando ao Todo-Poderoso.


São os que não sabem reconhecer o cuidado do Bom e Eterno Príncipe da Paz, Seu infindo amor demonstrado na cruz do Calvário e Seu ininterrupto agir em favor da humanidade no decorrer da história.


Queixam-se, revoltam-se, emergem a fúria em seus corações.


E do mesmo modo agem para com seus amigos, familiares, semelhantes, enfim, para com os que de mãos estendidas dispõem-se a ampará-los.


“E, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe. E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós. E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide, e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos. E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz; e caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano. E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro? E disse-lhe: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.” (Lucas 17 – 12 a 19)

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