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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O Técnico E O Político

Já virou chavão a gente dizer que funcionário público é vagabundo, que tem um emprego cheio de vantagens, que nunca vai para a rua mesmo que não cumpra o seu dever, que deixa o casaco na cadeira e desaparece a semana toda.
O funcionário público, para o público, não é um funcionário, pois não funciona adequadamente.
Para quem não é funcionário público, mas que tem direito ao voto, talvez nunca tenha pensado que, quando elege um prefeito, por exemplo, só para ficar no âmbito municipal (isso é termo de funcionário público!) coloca dentro da prefeitura uma infinidade de outros funcionários que vêm com o pacote do prefeito, chamados cargos de confiança.
Já começa por aí. O prefeito traz com ele umas centenas de cargos de "confiança" para si, o que dá a entender que os funcionários de carreira, os concursados, não são de confiança.
Esses cargos de confiança do prefeito são considerados os cargos políticos e os concursados os cargos técnicos.
A diferença entre o técnico e o político é, por exemplo: Quando o técnico diz para não deixar a torneira aberta a noite toda pois é ecologicamente incorreto e um desperdício sem igual, o político diz que dará a impressão que estão trabalhando a noite toda e é bom para a reeleição, decidindo por deixar a torneira aberta.
Quando o técnico diz que não deve ser construída a ponte, pois em nossa cidade não tem um rio, o político diz que construirão também o rio.
Essa luta ancestral entre os detentores do cargo por concurso e que ficarão toda a sua vida na prefeitura e os "de confiança" que chegam e saem antes de decorarmos seus nomes, está sendo travada agora num órgão público perto de você.

Quando eles conseguem uma trégua e chegam a um consenso, as coisas melhoram para o cidadão que está do lado de fora assistindo a luta esperando uma retribuição para a sua cidade pelos impostos que paga.

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