Mário Juruna nasceu entre 1942 e 1944 na aldeia Xavante Rituwawê em Couto Magalhães, localizada
próxima a cidade de Campinápolis Mato Grosso. Juruna era filho de Mercedes Ro’Otsitsina e Isaias Butsé, irmão do Cacique Apoenã . Seu primeiro contato com o homem branco foi aos 17 anos, quando estava na mata caçando. Mais tarde com cerca de 20 anos, Juruna foi trabalhar em fazendas da região , nesse época já conseguia se comunicar no idioma dos brancos.Na década de 70 ficou famoso ao percorrer os gabinetes da FUNAI, em Brasília, lutando pela demarcação da terra para os índios, portando sempre um gravador para registrar tudo o que o branco dizia, e que na maioria das vezes, não cumpriam a palavra. Perambulou por Brasília buscando auxílio para seu povo que já havia perdido parte de sua história. Mostrando o espírito guerreiro dos Xavante, Juruna contou a historia dos índios para outros continentes através de encontros com entidades mundiais. Ficou famoso pelo seu raciocínio claro e pela veemência em suas reinvindicações.
Em 1983 foi eleito deputado federal pelo PDT, representando o estado do Rio de Janeiro. Sua eleição teve uma grande repercussão no país e no mundo, pois foi o primeiro brasileiro pertencente a uma etnia indígena eleito a um cargo público. Juruna foi o responsável pela criação da Comissão Permanente do Índio, que levou o problema indígena ao reconhecimento nacional, passando a ser um dos parlamentares mais ativos do Congresso.
Terminado o seu mandato Juruna não conseguiu se reeleger, o índio político, incomodava muita gente. Juruna, morreu em 17 de julho de 1982 em Brasilia, cidade onde vivia para se tratamento da diabetes e fazer as reinvidicações dos índios, pois mesmo sem mandato ele era o elo entre seu povo e brancos.
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