Agência Brasil
A idade mínima para realizar as cirurgias bariátricas na rede pública vai cair dos atuais 18 anos para 16. A proposta é seguir os mesmos critérios de indicação da cirurgia usados com os adultos – quando o índice de massa corporal (IMC) está acima de 40, ou a partir dos 35 desde que a pessoa tenha doenças associadas à obesidade.
O ministério usa dados de um estudo feito há três anos pela pasta e pelo IBGE para justificar sua preocupação. Entre 2008 e 2009, 21,7% dos jovens entre dez e 19 anos estavam acima do peso.
Entre adultos, a frequência da cirurgia no Sistema Único de Saúde (SUS) cresceu 43% entre 2009 e 2011, segundo o Ministério da Saúde. E vai crescer mais, dizem especialistas, após o governo ter retirado do mercado, em dezembro, uma fatia grande dos inibidores de apetites.
Haverá ainda outras mudanças nessas cirurgias. Segundo o ministro, o SUS vai passar a custear uma técnica mais atual – a gastroplastia vertical em manga – em substituição a outra praticada. A cirurgia reparadora feita depois para retirar o excesso de pele passará a incluir a parte posterior do corpo (e não mais só a frontal), disse ele. O governo também vai tornar obrigatória, no pré-operatório, a realização de cinco exames, como o ultrassom de abdômen total.
O ministério vai discutir um reajuste de 20% no valor pago pela cirurgia e pelos exames pré-operatórios e a fixação de uma remuneração para estimular a formação de equipes multiprofissionais. Com isso, espera-se reduzir as filas de espera. As mudanças devem passar a valer no início de 2013.
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